Whooooooosh



Oh to ride the wind, to tread the air above the din
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Torres Vedras - Lisboa - Melides

Manhã do quinto dia de viagem, o Tiago recebe notícias fantásticas: tínhamos casa para pernoitar em Lisboa! Cortesia do primo de uma amiga... Como tínhamos que chegar lá essa noite, pusémo-nos a arrumar tudo enquanto congeminávamos um plano. Decidimos riscar da viagem as praias desde Santa Cruz até Lisboa (riscar, como quem adia) e rumar até Torres Vedras, apanhar o comboio para Lisboa. Atravessar Lisboa sempre foi um ponto delicado que ainda não tínhamos prestado a devida atenção, até aí estivemos sempre a adiar qualquer decisão sobre o assunto... felizmente aquela mensagem caída do céu poupou-nos o trabalho de pensar nisso :)

Lá seguimos para Torres Vedras, onde tivemos umas horas para passear até chegar o próximo comboio para Sul. Aproveitámos para tratar dos alforges do Paraíba num sapateiro, já mostravam sinais de desgaste preocupantes. As ruas da cidade estavam cheias de bancas com toldos, parece que tínhamos apanhado uma feira de rua enorme, que se espalhava pelas várias ruas do centro de Torres Vedras. Infelizmente, estavam todas desertas :)


Tivémos um encontro de terceiro grau com um revisor vindo da terra de onde vêm os revisores idiotas, que nos custou um comboio na próxima estação onde tínhamos de mudar (sim, já não me lembro qual é :)
Chegámos a Sete-Rios e fomos recebidos pela Rita e pelo Diogo, amigos do Tiago.

Um bom banho quente, um passeio e jantar no Colombo, uma bela sessão de chillout na sala com uns amendoins :P
Foi um recarregar de baterias tanto para nós como para os nossos telemóveis. Um grande obrigado aos dois, e ao primo da Rita. *tips hat*

Acordámos cedo na manhã seguinte, despedimo-nos (até à próxima) dos nossos anfitriões e partimos pelo meio de Lisboa: Marquês de Pombal - de bicicleta pelo meio da selva - Terreiro do Paço. Daí apanhámos um ferry para a margem Sul, atravessámos de comboio até Setúbal para apanhar de novo um ferry para Tróia.Fizémos o almoço em Tróia, debaixo de um banco, à beira da ciclovia que percorre a península de uma ponta até à outra. À saída passámos por um grupo de pedaleiros armados de alforges também. Meti conversa... era tudo malta mais velha; disseram que iam até Melides naquele dia, tinham partido de Lisboa de manhã também e queriam chegar a Lagos. Pelo caminho iam parando em pousadas e parques de campismo quando não houvesse alternativa. Parece que o cicloturismo não é assim tão incomum :)
Despedimo-nos e fomos ao nosso ritmo.


Passámos pela Comporta para abstecer de mantimentos - uma terra um pouco estranha, parece que o propósito da vila é mesmo esse, abastecer os turistas que vão às praias da zona - e continuámos, decididos a chegar a Melides também.

Pelo caminho, uma casa cheia de pombos, uma sessão de puro diggin' à beira estrada, um autocarro-bar.

Chegámos a Melides a meio da tarde, fomos de bicicleta até à praia, e acampámos atrás de um parque de roulotes. Esta foi a noite da fogueira! Para aquecer e afastar os mosquitos :)
Soube bem, menos ao Tiago... que apanhou um resfriado e acordou na manhã seguinte com uma gripe!

Abraço, até à próxima.



Saldo: 241km
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Foto quase desastrosa

Esta é uma foto com história. Não é, no entanto, a foto da primeira vez que assámos umas chouriças... A primeira vez que fizemos isso, para um jantar reforçado, curiosamente não foi capturada por nenhuma máquina, ou se calhar esses registos ainda não me chegaram às mãos. Fica aqui a história.

Tínhamos decidido dar uso aos chouriços que o Paraíba trazia de casa, já lhe andavam a pesar nos alforges. O Tiago por acaso tinha trazido álcool no estojo de primeiros socorros e não nos faltava nada... a não ser talvez um pára-vento. Olhando para trás, para essa noite, fico com a impressão que o senso comum e toda a nossa genialidade habitual (modéstia à parte) nos tinha abandonado por completo. Começámos por achar que, como o álcool não arde assim tão bem, ainda por cima com este vento todo, porque não abrigar o prato raso cheio de álcool dentro do avançado da tenda de nylon (altamente inflamável) e assim assegurar que fica uma refeição bem feita?
Sim, sim, vamos experimentar.

Olhando outra vez para trás, para essa noite, acho também que tivemos muita sorte :) Não só descobrimos que o álcool afinal arde sem problema nenhum, como também ficámos a saber que, se em excesso, produz umas labaredas de altura considerável. Labaredas que dançam formidavelmente, especialmente se alimentadas por um pouco de vento... uma imagem poderosa e linda de se ver, fora do avançado da tenda de nylon. (já disse que é altamente inflamável?)

Fica a dica!
Abraço
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