E se...

...UM DIA, todo o lixo que polui as florestas por Portugal fora, desde clareiras cheias de frigoríficos velhos, rodas de camiões desfeitas, bidões de metal cheios de entulho das últimas obras que se fizeram ali perto, até parques de merendas onde têm que comer rodeados pelos detritos humanos que dez anos de picnics foram deixando acumular em redor das árvores...


DESAPARECESSE COMO POR MILAGRE?


Não era bom?

Era sim, dizem vocês. Mas todos sabemos que não há milagres.

Então e se… NÓS fizéssemos desaparecer esse lixo, NUM DIA? Não era igualmente bom? Até melhor?

Eu acho que sim. Alguns de vocês podem achar que sim. Outros podem dizer que é impossível.

E se eu vos dissesse que… já foi feito?



A 5 de Março de 2008, no culminar de um esforço voluntário de mais de 50 mil pessoas, as florestas da Estónia foram limpas num golpe limpo e perfeito.


O movimento irmão lusitano – Limpar Portugal – já tem uns milhares de aderentes, um site oficial de apresentação do projecto, e um de cariz mais prático: uma rede social para promover o contacto entre membros e facilitar a logística de todo o movimento. Já tem até, um dia marcado – o dia L – para a limpeza das florestas portuguesas.


Como funciona?


Existe uma hierarquia: no topo temos a Coordenação Nacional, formada pelos 3 membros fundadores, os Coordenadores Distritais e Técnicos. Têm a função de dinamizar o movimento a nível nacional: contactar com os meios de informação, convocar reuniões nacionais e criar protocolos com as empresas e instituições que aderem ao projecto.


O segundo nível é ocupado pelos Coordenadores Distritais que têm ao seu dispor os recursos do distrito que coordenam, têm que realizar as mesmas tarefas a um nível regional. Além disso, têm tarefas mais específicas como lidar com as autoridades regionais, e controlar a comunicação e interacção dos vários grupos de membros dentro do seu distrito.


Estes grupos são liderados por Coordenadores de Concelho ou Local, e têm um papel verdadeiramente crucial no dia L: coordenar os grupos para lixeiras específicas, definir rotas de transporte de lixo e locais de armazenamento, para além das mesmas responsabilidades acima referidas, a nível local.


Para funcionar, é necessário atingir uma massa crítica. Temos de tornar o movimento tão visível quanto possível aos olhos de todos, usando televisão, rádio, VIP's, etc. Como estes meios se encontram um bocado foram do meu alcance, proponho-vos: dêem uso às redes sociais. Messenger, Myspace, Hi5, Facebook, Twitter? Falem sobre o assunto, ponham um link algures e já ajuda :)


O que fazer para se juntar ao movimento?


Primeiro, informem-se.

O site oficial tem uma secção de Documentação, onde podem consultar a política do movimento sobre diversos assuntos como classificação de lixo, como reportar uma lixeira, que materiais são precisos para lidar com o lixo, etc.

O último documento a ser adicionionado foi o Manual de Actuação no dia L.


De seguida vão ao site da rede social e registem-se, e juntem-se ao grupo que geograficamente estiver mais perto. Cada grupo tem o seu fórum onde agendam reuniões, discutem sobre o que tem que ser feito, etc. Participem activamente.



Abraço!

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Obrigado Rita e Diogo!

Olá ;)
Sem mais demoras, algumas fotos do dia em que ficámos alojados em casa do primo da Rita em Lisboa, onde fomos excessivamente bem recebidos e por demais apaparicados, ainda por cima com o aspecto insalubre que tínhamos na altura...

Estas foram tiradas pouco antes de sairmos para jantar fora, apanhámos o metro até ao Colombo, onde tivémos a nossa dose de boa comida (Chimarrão e All-In-The-Box foram os grandes vencedores) e claro, um sundae. Fomos engolidos pelo ambiente cosmopolita, cheio de cores, pessoas e movimentos, tivemos como que um "respirar de sociedade" durante essas horas. Soube bem, especialmente bem, porque sabíamos que no dia seguinte estávamos afastados da selva, e de volta à estrada.

Na manhã seguinte, enquanto arrumávamos os pertences e preparávamo-nos para pedalar por Lisboa. Tinham passado seis dias desde que saímos da Figueira, e não é demais voltar a dizer que este descanso, no que era supostamente território hostil para viajantes como nós, era mais do que necessário. Voltámos a sentir-nos revigorados e prontos para a próxima etapa, e o aproximar de um objectivo cobiçado: explorar a costa alentejana.

Despedimo-nos com promessas de "até à próxima".
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Só porque sim.

" Eu sou o viajante do deserto que, no regresso, diz: viajei apenas para procurar as minhas próprias pegadas. Sim, eu sou aquele que viaja apenas para se cobrir de saudades. Eis o deserto, e nele me sonho; eis o oásis, e nele não sei viver. "


Mia Couto, "Venenos de Deus, Remédios do Diabo"





Este post serve para dizer que estamos vivos, e que um dia o Daniel continua com o relato da viagem :)

Abraço*
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