Porto Covo

A noite de Porto Covo revelou-se animada, muita gente na rua, feira de artesanato, pastelaria local para experimentar... Conhecemos um grupo de cicloturistas que tinha chegado nesse dia também, estavam a ficar na vila, em casa de um conhecido. Trocámos umas peripécias e ainda recebemos uns "conselhos" sobre furos (parece que só ao terceiro ou quarto furo na mesma roda é que se lembraram de ver se havia algum objecto estranho dentro dela a causar danos). Então eles iam remendando e furando, remendando e furando... coitados :P
E um rasta que, a par de vender bugigangas artesanais, vendia também sandes bem boas? Bom, fomos buscar as meninas e voltámos para a quinta do Sr. Zé. Acho que neste momento já tínhamos decidido ficar pelo menos duas noites.

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Acordámos para uma manhã de praia memorável. As praias de Porto Covo são acessíveis por degraus íngremes esculpidos na falésia abrupta que separa o mar da terra. São pequenas baías de areia, mas muitas, e cada uma única. Erosão da falésia faz com que cada um destes nichos tenha o seu ambiente próprio. Algumas estão ligadas por grutas escuras e húmidas, outras só se revelam durante algumas horas de maré favorável e não há saída senão por mar...

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No topo das falésias, muitas vezes mais próximo do limite do que seria aconselhável, há pequenos bancos de pedra, virados para o mar. Porquê?

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Num desses nichos semi-acessíveis, estendemos o nosso arsenal veraneante.

Quase ficávamos presos na armadilha da maré, e tivemos que inventar uma maneira de sair da praia, que envolveu atravessar canais esculpidos na rocha, água pela cintura e toalhas/máquinas fotográficas em mãos elevadas e semi-escalar até uma escada de madeira encostada à parede de pedra.
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Almoço no jardim, depois de termos encontrado o amigo do Sr. Zé que trabalhava no talho! Ofereceu-nos a bela da chouriça... Um bacano. Tarde de preguiça e mais praia, praia, deitados na areia sem fazer nada. O jantar foi servido à beira de uma barraca na praia, enquanto o sol se punha e os últimos praiantes se iam embora.

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Nessa noite deambulámos pela vila, entre a confusão das ruas principais e os barracos de ciganos acampados num parque de estacionamento a vender roupa. Na manhã seguinte íamos continuar a rumar a Sul.

Saldo: 279km

2 comentários:

Teetee disse...

Porto Covo é um lugar especial!!! Não passo um verão sem lá estar uns dias. Toda aquela envolvente de mar à beira da estrada, o culto do surf alí ao lado e o mundo do caravanismo... muito bom!

Boas aventuras aos aventureiros!
Eu estou quase de malas feitas para Istanbul!!!

Teetee

Jorge Ortolá disse...

Amigos, ganharam o prémio Relíquia da Internet.

Passem lá no blog.

Fiquem bem

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